Segundo a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic), o PIB (produto interno bruto) da construção civil terá neste ano o maior crescimento, devendo avançar 4%. Caso seja confirmada a estimativa, será o maior índice em oito anos, tendo o melhor desempenho da economia.
Em 2020 o PIB do setor recuou 2,8% por causa da pandemia causada pelo Covid-19, e mesmo em um ano conturbado e desafiador houve avanços. Com a criação de 138.409 vagas formais, segundo dados do Ministério da Economia, a construção foi o setor que mais gerou empregos no país nos primeiros dez meses do ano.
Nos primeiros 9 meses, acumulamos 8,4% nas vendas de imóveis novos no país e nos 10 meses os empréstimos destinados à aquisição e construção de imóveis, com recursos do SBPE, totalizaram R$ 92,67 bilhões.
De janeiro e outubro de 2020, foram financiadas 324,6 mil unidades, o que correspondeu a 36,8% de alta em relação a igual período de 2019 (237,4 mil). Foi o maior número de unidades financiadas para o período desde 2014.
Os desafios maiores de 2021 são os desabastecimentos e elevação de preços. Segundo o presidente da Cbic, José Carlos Martin, os custos de materiais e equipamentos registrou alta de quase 18% no ano de 2020, dentro do Índice Nacional da Construção Civil (INCC), índice que mede a inflação no setor.
Mesmo com os desafios, o setor possui expectativas positivas para os próximos seis meses. Os resultados sinalizam geração de novos empregos e aumento do nível de atividade, com um maior volume de lançamentos de novos empreendimentos e serviços.
As expectativas para o país são positivas, tudo indica que será a maior expansão para a construção civil desde 2013. “Com esse PIB, seriam abertas cerca de 150 mil novas vagas de trabalho. Estamos otimistas, mas conservadores”, afirma o presidente da CBIC.
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